quarta-feira, 7 de abril de 2010

A Síndrome do F5

E lá vamos nós outra vez!

No auge dessa falta do que fazer, me disponho a escrever.

Hoje discorrerei sobre a tal Síndrome do F5!

Sim. Porque ela existe, vem grudada aos representantes da Geração Y e, por último - e, nem por isso menos importante -faz parte da dança da sedução dos dias de hoje.

Primeiro: o que é a Síndrome do F5???




Simples. F5 = tecla de atalho para atualização de páginas online.




Típico movimento da Geração Y.

A Síndrome do F5 (doença fictícia recém-inventada por mim e ainda não estudada cientificamente) relaciona-se à tal tecla de atalho e seu uso contínuo e indiscriminado pelos representantes da minha geração.

Mas, comecemos por partes, como diria Jack, o Estripador.

Primeiro, a Geração Y (também supracitada como minha geração). Grupo de indivíduos nascidos entre meados da década de 70 e a década de 80. Vivenciaram a chegada e consolidação dos meios de comunicação ditos mais ligeiros, vulgo meios de comunicação online e via telefonia celular. Também são frutos de pais atentos e dedicados, que os incentivaram a correr atrás de seus sonhos e não se contentarem com pouco. Resumindo: à primeira vista são mimados que gostam de fazer tudo-ao-mesmo-tempo-agora e que fazem de tudo para chegar aonde querem. Também tem muito respeito ao meio ambiente e zelam pela vivência pacífica no planeta como um todo, uma vez que a globalização domina seu ambiente (físico ou virtual) há muito tempo.

Como já dito, a Geração Y tem mania de fazer tudo-ao-mesmo-tempo-agora e não consegue esperar a atualização automática de sites, fazendo, assim, uso constante da tecla F5.

Acho que, por si só, essa breve colocação já resume em parte a tal 'Síndrome do F5', não?!

É, justamente, o ato de querer mais no menor tempo possível. E esse mais se refere a todos os 'mais' que se pode imaginar.

Mais informações, mais amigos, mais contatos, mais felicidade, mais satisfação... Mais, mais e mais.

E quando essa busca por mais ao-mesmo-tempo-agora chega ao quesito sedução, a coisa fica feia - pra ser sutil.

Pare e pense bem: como foi sua última pegada? Provavelmente deve ter sido algo direto ao ponto, certo?! Sem muito lenga lenga, sem muita enrolação... Algo do tipo, se é pra fazer, façamos logo.

Então, eu pergunto: Onde está o romantismo de outrora?

O tal 'romantismo de outrora'.


Não que eu o tenha vivido, mas, às vezes - só às vezes - eu imagino como seria paquerar na época dos meus pais e avós.

Existia todo um galanteio e um charme do tipo "Vou te conquistar, leve o tempo que levar" que hoje soa MUITO antiquado. Mas que, ao mesmo tempo, instiga e leva ao pensamento "Será que hoje é mais fácil ou será que hoje estamos mais fáceis?".

Na verdade, não sei a resposta à tal pergunta, mas, acho que cabe a mim deixar um pequeno apelo aos companheiros e companheiras Ys que circulam por aí: Sejamos menos afobados.
Não digo sempre, nem digo MUITO menos afobados (do tipo vou me aproximar, uma hora depois puxo papo, depois de 3 dias de conversa pego na mão e bli bli bli). O que eu quero propor é mais um desafio. Se é pra chegar em alguém na balada, chegue como quem quer fazer uma amizade colorida, não como alguém que quer arrancar a roupa alheia ali mesmo. E, assim, poderemos, quem sabe, reviver os dias de glória da conquista sexual.

Acredito que seja isso, amorecos!
E eu aguardo os comentários sobre as novas-velhas técnicas da arte da conquista!
=p

2 comentários:

  1. Minha síndrome do F5 é aplicada frenéticamente no e-mail!!!
    Sou viciada nisso! hahaha!
    Mas na dança da sedução realmente creio que temos que deixar o F5 de lado!

    ResponderExcluir
  2. hahahahahaha f5 no orkut, pra ver se a foto dele(a) está ali do lado. 'Ele está no orkut! Ele está no orkut! Será que leu meu testmonial?'

    Sensacional, Denis!

    ResponderExcluir