terça-feira, 1 de junho de 2010

A dança da sedução do Google

É incrível como tudo pode ser seduzido, até o Google. Aparecer no mais famoso site de busca da internet tem seu preço, mas também pode rolar a partir das artimanhas da sedução. Confira a seguir...

Hein?!

Afinal, do que é que eu estou falando? Simples, estou falando daquilo que todo mundo já viu, mas nunca parou para pensar como funciona: a busca! Sim, o ato misterioso de buscar no Google.

O mistério, obviamente, não se dá ao buscar no site, mas sim no elenco de “achados” que ele disponibiliza. As estratégias de marketing em buscadores são conhecidas pela sigla SEM – Search Engine Marketing (Marketing de busca). Vamos ao entendimento...

Primeira revelação: não é por acaso. O Google não apresenta os resultados de forma aleatória, muito pelo contrário, há toda uma dança da sedução por trás disso, e essa pode ser monetária ou beeem sedutora.

Segunda revelação: tudo tem seu preço, inclusive o Google. E o preço vem na forma de link patrocinado. São aqueles links que aparecem na lateral direita da tela e ou, antes de todos os outros resultados da busca. Para aparecer ali, o anunciante paga pelo combo palavra-chave+dia+horário. É a mesma coisa que inserir propaganda na Globo: um anúncio de 30s no intervalo do Globo Rural é bem mais em conta do que o mesmo anúncio inserido no intervalo da novela das 8 (aquela que se passa às 21h!). Só que a diferença é que além da taxa do Google, a empresa que investe em link patrocinado paga também uma taxa por click, que pode variar de míseros centavos (a partir de R$0,02) a uma quantia significativa de reais (há casos em que empresas pagam até R$50,00 por click. Cada vez que alguém clicar no link, a empresa autora do anúncio paga para o Google. Para se ter uma ideia da movimentação financeira que essa brincadeira gera, atualmente há agências especializadas em comercialização de links patrocinados. Elas não só fazem a transação, como dão suporte para você fazer contratos mais adequados aos seus objetivos, público ou produtos; pesquisam os melhores horários, as melhores palavras, etc etc.

Terceira revelação: o esforço compensa. Para quem não tem grana sobrando, a opção é investir em trabalho braçal, e eu não estou falando de pedreiro, construção e afins. Eu estou falando das técnicas de otimização de busca orgânica.

Como funciona?

Quando se constrói e atualiza um site, há todo um cuidado que faz com que seu site seja rotulado a partir de determinados temas e ganhe credibilidade com isso. De que forma: determinando manualmente as tags (palavra-chave) que rodeiam seu texto, desenvolvendo o resumo do conteúdo de cada página, otimizando desde a URL (para quem não está familiarizado com o tema, a URL é o que vem depois do http:// ) até as imagens que compõem o conteúdo, entre outras artimanhas. A essa prática de otimização interna é dado o nome de SEO (Search Engine Optimization). Tais técnicas, somadas à constante atualização dos sites e ou ao tempo de vida e histórico daquela página podem resultar em melhores posições no Google nos resultados das buscas. Isso porque o “Rei das Buscas” faz uma varredoura periodicamente em toda a web, indexando o que cada site contém e a relevância desse conteúdo.

O que vale mais?!

A dança da sedução do Google pode variar de caso para caso. Mas há certas vantagens e desvantagens consensuais nas artimanhas da sedução via buscadores.

Link patrocinado: é bom para quem precisa de um resultado imediato. Você paga e aparece. O problema é que abre espaço para os espertinhos de plantão: como bem diz minha chefa “o seu concorrente pode ficar lá clicando e gastando seu dinheiro”, e pode mesmo! Você paga por click, então eu vou clicar para você gastar! É pessoal... acontece!

Busca orgânica: é um trabalho minucioso, por isso leva tempo e exige paciência. É algo mutável também - seu site pode ir da 1a a 10a posição em questão de dias – logo, além do trabalho para ser indexado, há o trabalho de manutenção da posição.

Ao meu ver...

Não sou especialista nem nada nesse negócio de Google, sou apenas uma usuária um tanto quanto observadora. Antes de ter uma leve ideia do que é o link patrocinado, eu tinha um certo preconceito quando via algo em destaque no Google. Primeiro: eu sempre achava que não tinha nada a ver com nada, porque geralmente não tem mesmo; há quem invista até em palavras escritas erradas, ou seja, não acredito que links patrocinados sejam lá muito confiáveis. Segundo: quando aparecia lá a palavra “patrocinado” eu ficava pensando “mas patrocinado por quem?! Quem paga isso?!”. E aquela velha ignorância disfarçada de proteção ao seu próprio bolso aparecia: “eu é que não vou correr o risco de pagar por isso”. Enfim... eu não gosto muito de link patrocinado, eles me passam o ar de enganadores, sem credibilidade.

Naturalmente, sou daquelas que clica nos resultados da busca orgânica (mesmo antes de saber que havia uma denominação específica para isso). Aposto na dança da sedução do Google, e principalmente acredito que os sites devem sim se aproveitar das artimanhas sedutoras para conquistarem o seu lugar. É a ideia de que no final o esforço compensa, ou que pelo menos, traz mais credibilidade. É a velha história do “ser uma boa menina” para ganhar um presente no Natal.

2 comentários:

  1. Uma verdadeira aula de google marketing hein! Você deveria cobrar por ela! hehehe Muito bom! Bjos

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  2. Dança da sedução...rsrs. Adorei esse termo...apesar q tem uns links patrocinados q são o click da enganação!

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